terça-feira, 19 de maio de 2009

Semana Académica no Porto

Em primeiro lugar, inicio a minha participação neste blogue através de uma espécie de “saudação académica” a todos os participantes, leitores “passageiros” ou futuros seguidores.

Visto esta ser uma iniciativa que parte de um grupo de estudantes universitários, foi-me sugerida uma primeira intervenção sobre a mais badalada festa académica, a Queima e respectivos eventos associados. Assim sendo deixarei aqui uma referência à Queima das Fitas do Porto, na qual me integro.
Digamos que se pode afirmar que esta é a semana de todas as emoções, que se inicia com a Monumental Serenata e termina com a Garraiada. A sua simbologia é tão grande que, sinceramente, considero difícil descrever por palavras, tanto para aqueles que iniciam o seu percurso universitário, como para quem continua e, sobretudo, para os que o terminam. Mas não só para nós estudantes; também para familiares, amigos, professores.

Caloiros que vivem na ansiedade da sua primeira experiência, da vontade de trajar e traçar a capa pela primeira vez… O orgulho de se sentir trajado! O ano em que tudo é novidade.
Depois, aqueles que ainda seguem o seu percurso, recordando emoções passadas e tentando aproveitar o que lhe resta, imaginando qual será a sensação de ser finalista.
Os próprios finalistas; o sentimento de saudade visível nas suas caras, fruto das recordações que abarcam dos seus anos académicos, das pessoas que conheceram, dos amigos que fizeram, das dificuldades que sentiram, das alegrias, dos momentos bons e menos bons, enfim…mas também na incerteza quanto ao seu futuro. Tantas e tantas coisas comuns que tomarão sentidos únicos e pessoais.

O encontro de diferentes Tunas Académicas tem a honra de inaugurar esta semana aquando da Serenata. Um conjunto de vozes que canta em uníssono, elevando o espírito académico, envolve, de forma categórica, todos aqueles presentes nesse momento. Também a missa da bênção das pastas, tradicionalmente no Dia da Mãe, é outro dos momentos mais emotivos, segundo testemunhos de quem já a presenciou.
Talvez o momento auge da semana académica seja o dia do Cortejo. As ruas do Porto, para além de ficarem intransitáveis, vibram e gritam com os vários cursos e faculdades que por elas desfilam. Um “confronto de claques” com objectivos comuns que parece não ter fim.
Também existe o ECAP (Encontro de Coros Académicos do Porto), o Dia da Beneficência (dedicado à recolha de fundos a reverter a favor de instituições de solidariedade social da cidade do Porto), o Concerto Promenada, o FITA (Festival Ibérico de Tunas Académicas), o Sarau Cultural, o Baile de Gala, o Rally Paper, o Chá Dançante…

No culminar de cada dia, à parte destas actividades académicas, existe o tão conhecido Queimódromo, local onde todas as noites se juntam milhares de pessoas. Noites marcadas pelo variado reportório musical, pelas “visitas” às diferentes barraquinhas, pelas pessoas que se conhecem, e muito mais…


Resumidamente, uma semana marcada por sentimentos e pela diversão que o ambiente propicia.

3 comentários:

  1. Eu quase que diria que o auge da Queima é mesmo cada noite de queimódromo, individualmente =P Quase.

    Mas concordo, o auge é no dia do cortejo, quando milhares de estudantes enchem as ruas do porto com as cores do seu curso. É qql coisa de fantástico.

    Duas já passaram, que venham as próximas três xD

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  2. A semana académica é o auge da felicidade de um universitário! A convivência com os nosso colegas torna-se mais agradável do que em outros momentos. É normal sairmos e convivermos regularmente com eles, mas a magia dessa semana envolve-nos e saboreamos melhor todos os momentos e o saber que um dia deixaremos de ser estudantes quase que nos obriga a aproveitar intensamente cada minuto.

    Sim, eu adoro a semana académica e tudo o que ela transforma. É simplesmente magia...

    E o próxima rodada de shots é por conta do Farmacêutico ! "À Vanessa!"

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  3. Como é de conhecimento público a Semana Académica na Covilhã é uma pequena amostra, relativamente à do Porto, por exemplo. Contudo, a Latada, maior festa estudantil por aqueles lados é algo único para a maioria dos estudantes... Subir aquelas ruas (enquanto os menos resistentes ou menos conscientes das suas capacidades descem para o Hospital na ambulância), sempre a cantar, a gritar, a pular e a sentir a vibração nas pessoas à volta é algo de único. Toda a gente sai à rua, as escolas saem para nos ver, ouve-se o som pela cidade. Mesmo que o som venha do fundo, corre-se com ansiedade e felicidade para chegar junto dos colegas (quando se vai atrasada, como sempre)e na curiosidade de saber se ainda permanecem firmes, resistentes e sóbrios todos os caloiros! Quando chegamos ao pelourinho: fazer o discurso, deixar de ser caloiros e cantar com toda a FORÇA e ORGULHO "Medicina em Posição": o nosso último esforço, o nosso último grito e depois as lágrimas de alguns...

    Fiquei arrepiada de me lembrar, de recordar tudo isto... Duas latadas já lá vão :)

    Por fim, é preciso destacar uma frase, que por ser tão sentida por mim, quero realçar: "O orgulho de se sentir trajado!" ~

    É tão bom!

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